Calma! Eu explico.
Aquela porçãozinha mais iluminadinha da minha alma despertou do sono profundo que tinha mergulhado com o apoio de, principalmente, três mulheres: minha avó, minha mãe e uma amiga (oi Anginha!).
A primeira deu-me um porto-seguro na infância.
A segunda abriu as portas da intuição, da arte, da humildade.
A terceira ensinou-me a lidar com a objetividade, o prático e o pragmático.
A avó é estrela-guia, é amor incondicional.
E foi esse sentimento gratuito que sinto por ela - correspondido - que preparou o meu coração para dar e receber e, para as lições que iria aprender com as outras duas mulheres da minha vida.
A mãe é emoção, céu; a amiga é razão, terra. Aquela, criação; esta, ação.
Minha mãe ensinou-me a ter fé mesmo quando não via mais nenhuma saída nas inúmeras vezes em que a vida se apresentou como um labirinto.
Minha amiga ensinou-me a raciocinar e a buscar saídas nas inúmeras vezes em que a vida se apresentou como um labirinto.
Cada uma, à sua maneira, foi contribuindo para que eu despertasse do sono que me paralisava as mãos, cegava os olhos e endurecia o coração.
Mais tarde, um namorado (grata Roberto!) acompanhou o "parto" desse novo estágio de consciência e cuidou com carinho desse novo ser que ainda era frágil.
É claro que as contribuições vieram e vêm de muita gente. Amigos, parentes professores, namorados, colegas de trabalho, pessoas-luz que só conheço através das obras que me norteiam, e, até „amigos“ que não nutrem simpatia por mim ajudaram-me a perceber facetas da minha personalidade que precisavam ser ajustadas.
Agora, a "mocinha" comemorou mais um ano de aprendizagem no dia 26 de janeiro e quer dividir com vocês a alegria de ter compreendido que "o caminho deve reencontrar o ponto de partida e descobrir que no próprio caminhar, tudo se modifica". (I-Ching)
Noa continua fazendo o maior sucesso no meu CD player.
Vejam se essa música não é a minha cara?
Vivre (Noa)
La nuit est si belle et je suis si seule
A noite é bela e eu estou só
Je n´ai pas envie de mourir
Eu não quero morrer
Je veux encore chanter danser et rire
Eu ainda quero cantar dançar e rir
Je ne veux pas de mourir avant d´avoir aimé
Eu ainda não quero morrer antes de aprender a amar
Vivre pour celui qu´on aime
Viva pelo ser amado
Aimer plus que l´amour même
Amar mais que o próprio amor
Donner sans rien attendre en retour
Doar sem esperar nada em troca
Libre de choisir sa vie
Livre para escolher a vida
Sans un anathème, sans un interdit
Sem contradição, sem obstáculos
Libre sans dieu ni patrie
Livre sem deus nem pátria
Avec pour seul baptême
Tendo como batismo
Celui de l´eau de pluie
Apenas a água da chuva
Ces deux mondes qui nous séparent
São dois mundos que nos separam
Un jour seront-il réunis?
Algum dia estarão reunidos?
Oh! Je voudrais tellement y croire
Oh! Eu gostaria de acreditar verdadeiramente
Même s´il me faut donner ma vie
Mesmo que eu tenha que doar minha vida
Pour changer l´histoire
Para mudar a história
Aimer comme la nuit aime le jour
Amar como a noite ama o dia
Aimer
Amar
Jusqu´a en mourir d´amour
Até morrer de amor
Esta música faz parte do repertório da peça "O Concunda de Notre Dame", onde Noa interpreta a cigana Esmeralda.
Um „beijin carinhosin“ pra vocês,
Patricia „Patie Neon“ Nascimento
Inverno. Janeiro de 1999
Zurique - Suíça