Lans-en-Vercors/França, 28 de agosto de 2011. Verao. Céu azul, claro, clarissimo. 24 °C.
Ja aprendi, beirando os 40 anos, que quando vejo ou leio algo e as lagrimas brotam é porque estou diante de uma grandeza que meu inconsciente ja compreende, mas o consciente, nao. Ao ver a entrevista da historiadora Riane Eisler, as lagrimas rolaram...
"Considerado por Ashley Montagu, antropólogo da Universidade de Princeton, como o livro mais importante desde A Origem das Espécies de Darwin, "O Cálice e a Espada" junta descobertas arqueológicas recentes com testemunhos oriundos da arte, da antropologia, da sociologia, da política e da economia para fazer revelações espantosas sobre o passado da humanidade - com implicações que podem revelar-se cruciais para o nosso futuro.Os livros "O Calice e a Espada", "O Poder do Agora", "O Efeito Sombra" e as palestras do Pathwork abriram o meu espirito para essas possibilidades inimagináveis. Uma das coisas que a historiadora Riane Eisler diz no video que é extremamente importante e que me diz respeito diretamente:
"Alguns livros são como revelaçõe: eles abrem o espírito a possibilidades inimagináveis. O Cálice e a Espada é um desses magníficos livros-chave dotados da capacidade de nos transformar e desencadear mudanças fundamentais no mundo. Com a mais apaixonada eloquência, Riane Eisler prova que o sonho da paz não é uma utopia impossível". Isabel Allende, autora de A Casa dos Espíritos."
"o mundo nao da valor às pessoas que cuidam de alguém."
Quando eu era jornalista e trabalhava na tv campo grande fazendo um jornaleco de meia tigela e nao tinha nem metade da consciência que tenho hoje, minha familia e amigos me olhavam com olhos de respeito. Agora, que estou em casa cuidando do Luka, nao percebo o mesmo respeito daquela época por parte da maioria, inclusive de mim mesma!
Todos à minha volta me perguntam, logo depois do nome, se eu ja encontrei um trabalho na França. Antes, fazia voltas pra responder. Tentava encontrar razoes. Agora, sou curta e grossa: "tenho muito trabalho em casa. nao preciso arrumar mais trabalho fora."
é assim... por isso, nos, mulheres, estamos em crise.
Porque também acreditamos que cuidar de alguém e contribuir decisivamente na construçao de um ser humano é muito pouco. Somente o trabalho fora de casa vale à pena.
Esses valores sao internalizados, arraigados, numa gaveta profunda do inconsciente que faz com que seguer nos permitamos sentir a realizaçao por estar "apenas" cuidando de filho.
Deus permita que eu possa desenvolver plenamente a minha dimensao "Calice" com o espirito em paz para cuidar, nutrir, absorver, receber...
Com esperanças de encontrar a integridade em todo tipo de trabalho e de que minhas lagrimas fecundem muito chao pela estrada.
* Patrícia Nascimento Delorme, 39, mãe do Luka, terapeuta de reiki e jornalista. Seu e-mail: patienascimento@hotmail.com
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