quinta-feira, maio 23, 2013

O Livre Arbitrio e o Advogado do Diabo


O Patiework de hoje é sobre o Livre Arbitrio e a Queda dos espiritos criados por Deus (palestras Pathwork 18, 19, 20, 21 e 22).  O filmaço que ilustra nossa reflexao sobre o tema é o imbativel “Advogado do Diabo”. Para o pessoal que nao esta familiarizado com os conceitos do Pathwork, escrevi um pequeno glossario no final do texto explicando o que são eu inferior, eu idealizado, Eu Real, Self (ou eu superior, consciência cristica), imagens.


*****SPOILER******* 

Sinopse: Kevin Lomax, advogado de uma pequena cidade da Flórida, que nunca perdeu um caso, é contratado por John Milton, dono da maior firma de advocacia de Nova Iorque. Kevin passa a receber um alto salário e diversas mordomias. No início, a realizaçao so sonho, mas logo Mary Ann, esposa de Kevin, entra num ciclo autodestrutivo e passa a ter visões demoníacas. No entanto, Kevin, empenhado em defender as causas de seus clientes, entre eles, um mago das trevas e um empresario acusado de triplo homicídio, dá pouca atenção à mulher. Enquanto isso, seu patrão vai envolvendo o casal numa teia de sugestões e tramas que os distanciam cada vez mais um do outro – e deles proprios.

No inicio do filme, Kevin sabe que seu cliente, um professor de matematica que abusa sexualmente de uma adolescente, é culpado mas, ainda assim, o defende e ganha a causa. Quantos de nos ja nao esteve exatamente neste ponto? Sabemos conscientemente que estamos escolhendo algo que é contra as leis divinas e ainda assim, insistimos em seguir adiante movidos pela obstinaçao, orgulho ou medo, as tres emoçoes basicas que nos levam a todas as outras negatividades (palestra nr 30)?

O resultado nao é castigo ou puniçao. É muito mais simples que isso. É apenas a movimentaçao da lei de açao e reaçao que colocamos em funcionamento na nossa vida. O subproduto da açao e reaçao começa com um pequeno cansaço do mundo, uma ponta de tristeza, as vezes, uma raiva que nao se sabe exatamente do quê e vai aumentando até se tornar a completa alienaçao de nos mesmos (palestra nr. 04).

(0:18:00) O processo de autosabotagem e alienaçao de Mary Ann tem inicio. As possibilidades sao infinitas pra alguém com dinheiro em Nova Iorque. Deve existir milhoes de coisas pra se fazer, ver, aprender, experimentar... Mas ela passa o dia em casa vendo tv e comendo porcarias. A porta esta aberta para as emoçoes negativas: insegurança, solidao... O marido chega e diz que ganhou a causa e libertou um cara que ambos sabem que é culpado. A vaidade, subproduto do orgulho, esta no comando da vida do casal.

(0:23:00) Dialogo esclarecedor do jovem advogado com seu patrao milionario que eu analisaria  como a representaçao do eu inferior do proprio Kevin em alguns momentos e, em outros, o seu eu idealizado: a imagem de vencedor que ele criou de si mesmo que dita regras e metas exigentes a serem alcançadas para a sua realizaçao em detrimento do Eu Real (palestras 14 e 83).

“- Como é prender num dia e soltar no outro?
- Leva-se um tempo para acostumar.
- E paga-se melhor.
- Muito melhor.
- O professor de matematica...
- Digamos que eu comecei o caso com a consciencia limpa.”

(0:33:50) Aqui, Mary Ann inicia o circulo vicioso desdendente. Ela da mais importância à opiniao da vizinha (seu proprio eu superficial) do que a si mesma (seu Eu Real, seu Self). Por que mesmo tendo tanto dinheiro ela nao contratou um super decorador e fez exatamente o que queria no seu apartamento com ajuda de um especialista? Porque quando perdemos a conexao com nosso Eu Real, simplesmente nao enxergamos mais as infinitas possibilidades (palestras 94 e 95) interior e exteriomente. Nos nos tornamos androides programados para nos sabotarmos e nos destruirmos.

Mary Ann diz : “é a primeira vez que nao tenho um emprego. Ou dois. E eu fico andando de um lado para o outro na minha casa. Perdida.” Por que ela nao consegue aproveitar a abundância que o salario do marido proporciona? Culpa originada da consciência de que o dinheiro é fruto de um trabalho que inocenta homens culpados perante a lei dos homens e, em alguns casos, também perante as leis divinas? “Pois a culpa humana, a culpa destrutiva, é uma carga suficientemente pesada em si mesma para gerar um excesso de resistência à descoberta pessoal” (palestra nr. 75). 

Porém, algumas vezes, nos também nao conseguimos desfrutar a abundancia, mesmo quando nosso salario é fruto de trabalho honesto. Por que? Podem ser crenças erroneas sobre dinheiro que nos fazem sentir nao-merecedores da prosperidade. Ou ainda pior: o medo do sucesso sabotando o sucesso na sua raiz. “Em termos gerais, o medo do sucesso indicaria o medo de não ser adequado ao sucesso. Todos vocês sabem que a criança em vocês quer receber as coisas numa bandeja de prata, sem a necessária responsabilidade, trabalho, decisão e custo. Ao amadurecerem, vocês aceitam todos esses fatores, mas se a criança interior não aceitar, o resultado dessa não aceitação da maturidade pode ser o medo do sucesso. Portanto, cria-se mais um medo. É o medo de perder qualquer possível sucesso que se venha a ter. O mais profundo conhecimento de sua alma transmite a vocês que só podem manter, por direito, o que ganharam por direito, através de uma atitude madura. Se essa atitude madura está ausente sob qualquer aspecto, lá no fundo a pessoa sabe que o sucesso será passageiro. Assim, ela procura evitar a impostura e a exposição, o fracasso e o desgosto, sabotando o processo logo no início, por ter medo dele. Assim, os fatores seriam principalmente: 
(1) sentimento de inadequação. 
(2) falta de autoresponsabilidade embora sutilmente expressa no seu interior (não necessariamente exterior) (3) culpa, a sensação de que “na verdade eu não mereço”. Como a pessoa não está disposta a assumir a responsabilidade madura, sente-se naturalmente culpada por desejar, mesmo assim, aquele objetivo. Se uma pessoa aceitar a plena responsabilidade adulta por si mesma, estiver disposta a pagar o preço de tudo, e assim for capaz de tomar uma decisão madura, não haverá essa culpa.” (Palestra nr. 75)

A vizinha, casada também com um advogado, diz a Mary Ann: “É a santissima trindade: Você pode trabalhar, pode brincar ou reproduzir.”
Aqui, Mary Ann tem tres opçoes dadas pelo seu eu superficial, representado pela sua vizinha. Todas podem ser saudaveis ou nao. Depende das motivaçoes que estao por tras da açao  (palestra nr. 56). Se a motivaçao para trabalhar, brincar ou reproduzir for se esconder dos conflitos interiores, DEFINITIVAMENTE nao é saudavel, como pude verificar no proprio couro! Kkkkkkkkkkkkk   Se Mary Ann tivesse em conexao com seu Eu Real, ela teria uma infinidade de opçoes, como também ja pude verificar no couro. J

(0:40:34) O apartamento esta uma bagunça. Portas encostadas pelo corredor, moveis espalhados sem nenhuma ordem. O reflexo do mundo interior de Mary Ann. A parede da sala é muito simbolica. Ela representa as emoçoes e o mundo interior de Mary Ann. Durante o filme ela muda de cor varias vezes: branca, varios tons de verde, amarela e, por fim, cinza. Na palestra nr. 47, o Guia alerta sobre a construçao da parede interior com a repressao das emoçoes, pensamentos, conclusões e motivações. Essa parede é uma substância real mais dificil de destruir do que uma parede no mundo fisico. O mundo interior rejeitado e expulso à força para o inconsciente, retorna com força total através de confusão, desordem interna e alienaçao, como sinaliza a baderna do apartamento do casal.

Vamos analisar agora, as cores da parede da sala. O que cada uma delas quer dizer? No inicio, o branco, a pureza, o inicio, um mundo de possibilidades para explorar. Depois, o verde, cor que significa esperança, liberdade, saúde e vitalidade. Em seguida, o amarelo, que simboliza luz, calor, descontração, otimismo e alegria. Mas também, a riqueza, o dinheiro e o ouro. Está associada à nobreza, à inteligência e ao luxo. Em excesso, pode provocar distração e ansiedade. A cor amarela neste momento da vida de Mary Ann é um grito do seu Self por vigilância, alerta e atenção. Finalmente, a parede é pintada de cinza, cor que pode gerar sentimentos negativos relacionados às imagens de densas e escuras nuvens cinzas, o nevoeiro e a fumaça. O cinza é a cor da evasão que se relaciona com separar-se de tudo, permanecer à margem e fugir de compromissos impostos. A cor cinza retrata a alienaçao de Mary Ann, seu mundo interior e sua crise. Esta insegurança para terminar a decoraçao do apartamento toma conta de toda a personalidade da moça, que no inicio do filme demostrava ser uma mulher ativa e de personalidade segura.

(0:44:30) O eu inferior ataca Mary Ann. O patrao de Kevin, John Milton, sugere que ela mude o penteado. ATENCAO MULHERES! O ataque das trevas começa pelo cabelo!!!!!!!!!!!! J

Em 2002, eu estava lidando com as forças do mal na sua versao moderna: tentando ajudar uma pessoa a se livrar da dependência das drogas. Neste periodo, recebi um convite para ser cobaia de uma escova definitiva no cabelo. Assim como Mary Ann, aceitei sem refletir se gostaria mesmo de ter meu cabelo alisado. O resultado foi catastrofico na minha vida. Nao me reconhecia no espelho. Eu nao tinha nada a ver com aquela mulher "alisada". Descobri que minha alma era encaracolada. Aquele modelo chanel espetado nao traduzia a minha alma, o meu ser, a minha personalidade. 
 


Meu mundo emocional desabou. Eu chorava todos os dias quando me olhava no espelho. E depois chorava porque estava chorando. Eu dizia a mim mesma: “Pare de chorar. Vc é uma adulta e uma mulher espiritualizada. Ficar chorando por causa de cabelo. Onde ja se viu? ” E depois, recomeçava a berrar porque nao podia suportar a dor de reprimir a frustraçao. Hoje, eu sei que nao derramava litros e litros de agua salgada pelo cabelo. Eu chorava mesmo era pela total desconexao entre o que eu sentia, falava e fazia, traduzido ali , naquele momento, pela imagem que nao reconhecia no espelho do banheiro. Chorava por nao suportar a criaçao do meu eu superficial. Chorava pela impotência diante do presente totalmente fora do meu controle. E diante da desconexao total com meu Eu Real, nao poderia atrair nada de bom, nao é mesmo? E a aspiral descendente até o inferno interior teve inicio. Reencontrei um amigo que tinha saido do mundo das drogas atraves de trabalhos espirituais em um centro de magia que sua irma, uma grande amiga minha, trabalhava. Fui parar neste lugar sem nenhuma luz pra tentar ajudar essa pessoa a parar de usar drogas. Desde o primeiro instante em que pisei o pé neste lugar, senti meu Self, Mentor, Espirito Santo avisando em coro: “saia dai agora!!” 


Entretanto, uma mistura de obstinaçao, medo da impotência diante daquela situação caotica, ignorância e total falta de aceitação do presente me fez ficar, comprar galinhas, muitos litros de mel, milhos e outras iguarias da receita para os “trabalhos” , além de gastar 2 mil reais com as taxas da macumbeira que subiam vertiginosamente toda semana. 
Sete sessoes depois, paguei o que nao devia com medo da chantagem da galera das trevas e voltei para o marco zero. Mas, muito pior. Estava tao desequilibrada pelas correntes negativas da obstinaçao que passei anos tentando me libertar do circulo vicioso que eu mesma criei por nao ouvir meu Eu Real. Hoje, eu sei que, se tivesse tido um pouquinho mais de confiança em Deus, nao teria entrado naquela fria. A tal macumbeira e seu séquito foram parar na prisao por formaçao de quadrilha e por extorquirem uma empresaria de Campo Grande. E eu, aprendi no couro, às custas de muita agua salgada a confiar em Deus, que se expressa em mim através da intuição.

(0:59:35) Mary Ann diz ao marido: “Vc compra uns terninhos novos e resolve tudo. Eu tenho esta merda deste lugar pra preencher. Eu sei que ter grana deveria ser muito legal , mas nao é. Tudo isso é como um grande teste. ”
É isso mesmo. TUDO é um grande teste. Ter dinheiro (como nao ter dinheiro) é apenas mais um dos testes do universo pra trazer à tona as nossas distorçoes e correntes negativas pra curar.  Vc é o que vc vibra. Se vibrar correntes positivas, o dinheiro sera uma bençao e você conseguira vivenciar a abundancia com equilibrio e multiplicar o bem-estar a sua volta. Se você vibrar correntes negativas, o dinheiro podera ser uma prova dificil porque vai trazer à tona crenças erroneas, falta de saude interior, capacidades destrutivas e você tera que lidar com elas, acolhe-las e transmuta-las. Quantas pessoas no universo nao desejam ter dinheiro e viver em Nova Iorque? Pra algumas, é o começo do fim. E se o dinheiro for “sujo”, entao, como é o caso do advogado do filme, o fim vem rapido, muito rapido. Porque a lei de açao e reaçao, nao brinca em serviço com quem ja tem alguma consciência, como é o caso da Mary Ann que, ao ser internada em uma clinica diz que nao consegue mais se olhar no espelho porque sabia que o dinheiro que o marido ganha é fruto de defesa de pessoas culpadas perante a lei.

Quando se esta operando a partir do eu superficial, buscamos soluçoes superficiais para nos preencher. O casal decide ter um filho. Mas com tantas distorçoes e desequilibrios, Mary Ann é prato cheio para sua propria sombra que deixa a porta aberta para espiritos ignorantes, o que o Guia chama de “especialistas” na palestra “Especialistas, Demônios e a Essência do mal, nr 15” .
O resultado é uma “falência inespecifica de ovarios” que deixa a moça totalmente descontrolada e aliena de vez. Um pouco mais de espiritualidade e Mary Ann teria conseguido buscar ajuda ou abrir a porta para que seu Self, Guia, Mentor ou Anjo lhe trouxesse ajuda atraves da Lei da Sincronicidade. A culpa de aceitar dinheiro sujo a levou a entrar num ciclo vicioso de culpa justificada e injustificada (palestra nr. 49) e apertou ainda mais o novelo.  (1:42:00) “Nos sabiamos que eles eram culpados mas vc continuou ganhando. Eu nao consigo mais me olhar no espelho. Eu so vejo um monstro.”

(1:30:30) John Milton discursa sobre o universo do eu inferior. Um tratado!  “150 kg de pura cobiça em açao. Vc excita apetites ao ponto deles separarem atomos. Construimos egos do tamanho de catedrais. Compra-se futuros. Vende-se futuros. Todos prontos para violar o ex planeta de Deus e lavar as maos apos usar seus teclados virtuais! Depois você grita por socorro mas vc esta sozinho. Talvez Deus tenha nos desapontado, talvez tenha cansado de brincar de dados!”
Na palestra nr. 21, o Guia discorre sobre o processo da Queda, em que nos, seres divinos, utilizamos nosso livre arbitrio e iniciamos um processo lento de transmutar todas as qualidades divinas no seu oposto. Assim, o amor se tornou dependência, submissao; o poder e auto-afirmaçao, agressividade; a serenidade, indiferença; a força de vontade, obstinação; a capacidade de reconhecer limites, dependência; a capacidade de cuidar de si, egoismo; o pacifismo, covardia; o talento para atrair abundância, avareza; a valorizaçao de si, o orgulho; a devoção, fanatismo, a contemplaçao, a preguiça... a lista é interminavel!
Em 1:36:20 do filme , John Milton diz “siga seus instintos,estou com voce de qualquer maneira, talvez seja hora de perder. Vc acha que nunca perdi?" Esta é a deixa para Kevin utilizar o livre arbitrio e parar com a loucura da vaidade que o esta consumindo. Mas ele segue adiante totalmente engolido pela obstinaçao.  E o eu idealizado, faceiro, achando que o tem sob suas redeas!

(1:56:15) Kevin esta sozinho nas ruas de Nova Iorque. Este é o momento da solidao do encontro consigo mesmo, o inicio do fim da alienação. A dor de perceber toda a loucura das memorias do ego, as criaçoes imperfeitas a que nos estivemos dedicando a vida e a ida ao encontro com proprio eu inferior.

(1:56:45) John Milton:  “Eu tenho observado, venho esperando, antecipando. Mas nao faço nada acontecer. Nao é assim que funciona. Livre arbitrio. Eu apenas armei o cenario. Vc puxa seus proprios cordoes.”
A palestra 18 do Pathwork é essecialmente sobre o Livre Arbitrio, mas lida em conjunto com as palestras 19, 20, 21 e 22, torna-se muito elucidativa e vc vai ter uma nova visao sobre o livre arbitrio, Jesus e o mal. Eu chego a afirmar que, antes da leitura destas palestras uma parte de mim acreditava realmente que “Deus criou tudo isso, ele nao fez mais que obrigaçao de enviar seu filho Jesus pra consertar o que ele concebeu.” J J J Puro eu inferior, camadas e camadas de ignorância expressando rebeldia e orgulho. Sinto muito, sinto muito, sinto muito. Sou grata ao Guia Pathwork que me trouxe esta compreensao da Queda dos Espiritos e que me fez encontrar a humildade a a gratidão sincera a Jesus por ter recuperado  o livre arbitrio para os espiritos que participaram da Queda. “Raça incrédula e perversa, até quando estarei convosco? Até quando hei de aturar-vos?” Mateus 17:17

Este dialogo entre os personagens de Pacino e Keanu Reeves é excelente! O encontro com a propria sombra, o eu inferior, o eu idealizado... enfim, “tenho muitos nomes” (como diz o patrao de Kevin) mas, em resumo, é aquela nossa parte cheia de negatividade que se recusa a crescer, se sintonizar com a LUZ e SER a Perfeiçao.
“- Quem é voce?
- Quem sou eu?? E quem é você? Jamais perdeu uma causa? Por que? Porque é tremendamente bom? Mas, por que?
- Porque você é meu pai? 
- Eu sou mais do que isso!
- O que é vc?
- Eu tenho muitos nomes.
- Satã?
- Me chame de pai. (Adoro o sarcasmo desta frase! Kkkkkkkkkkkkkk)
...
- Esta me culpando por Mary Ann? Ela so queria amor. Vc queria substitui-la no momento que chegou aqui. Pare de se iludir. Eu disse no metro “Talvez é  a sua vez de perder”.
- Eu nao perco. Eu venço. Eu sou um advogado . Esta é a minha função. (momento crucial em que Kevin esta nu com sua vaidade.)

(Os eus inferior e idealizado vibram J  ):
- Eu encerro o caso. A vaidade é, definitivamente, meu pecado predileto. Narcisismo, o narcotico natural. Tao basico! Nao que vc nao se importasse com sua esposa. Vc estava envolvido com outra pessoa: vc mesmo!  Afinal por que esta carregando todos estes tijolos? Por Deus? Vou lhe dizer algo sobre Deus. Deus gosta de observar. Da ao homem instintos, mas estabelece regras contrarias. é esta a piada: Olhe, mas nao toque. Toque , mas nao prove. Prove, nao engula. Enquanto vc tenta entender o Todo Poderoso , ele fica la em cima rindo de vc. Ele é o senhorio relapso. Eu tenho o meu nariz aqui na terra desde que a coisa toda  começou. Eu alimentei cada a sensaçao que o homem é inspirado a sentir. Eu me importei com o que ele quer. Eu nunca o julguei porque eu nunca o rejeitei apesar de todas as suas imperfeiçoes. Eu sou fa do homem. O século XX é totalmente meu. Eu estou no auge. é a minha vez de triunfar. é a sua vez."

(Alguém tem alguma duvida de que o século XX realmente foi o século do eu idealizado? :)))  )

- Esta tentando me convencer. Deve precisar muito de mim.
(Sim, é isso! As memorias do ego, os eus inferior e idealizado precisam desesperadamente da gente pra continuar exisitindo. Essas vozes existem dentro da gente. Procure e encontre dentro de você esta voz que diz que Deus esta distante, jogando dados e brincando de marionete com a gente. Quando encontrar esta voz, tera dado um passo importante para integrar esta parte sua que se debate contra a sua propria Luz e quer continuar a criar negatividade e imperfeiçoes!)

“- O que quer de mim?
- Quero que seja você mesmo. A culpa é como um saco de tijolos. Tudo o que tem a fazer é deixa-lo para tras."

Aqui temos, de novo, o problema da motivaçao. O Self, o eu superior, o Espirito Santo sabe que devemos nos libertar da culpa que paralisa e que devemos buscar a perfeiçao aceitando a imperfeiçao pra nao cairmos nas armadilhas do perfeccionismo, que também paralisa. A perfeiçao vai ser atingida um dia como subproduto da libertaçao das camadas da imperfeiçao e da transformaçao das negatividades em seus opostos divinos. Entao, submissao sera amor real. Agressividade sera poder sem distorçoes e Indiferença sera serenidade e sabedoria. O eu inferior também quer a perfeiçao, mas a motivaçao é diferente. Ele quer a perfeiçao agora pra receber admiraçao e aprovaçao. Nao quer aceitar que é imperfeito e, por isso, cria o eu idealizado com todas as qualidades que ainda nao possuimos porque ainda nao nos aceitamos exatamente como somos (palestra 83).

(2:11:50) Chegamos ao ápice do filme sobre a reflexão dentro do tema do livre arbitrio. O eu inferior e o eu idealizado convidam Kevin à materializar suas criaçoes imperfeitas. E prometem tudo. O prazer da primeira cheirada de cocaina ou de entrar no quarto de uma garota pela primeira vez. 

Na parede do escritorio do advogado, uma obra que remete à escultura “A Porta do Inferno”, dos escultores franceses Rodin e Camille Claudel, inspirada por sua vez no “Inferno” do livro "Divina Comédia", de Dante Alighieri. Sugestivo... A primeira cheirada de cocaina é puro prazer, mas torna-se facilmente a porta do inferno, assim como tantos outras criaçoes imperfeitas do eu superficial...

Kevin diz nao ao convite e se mata. Essa morte é simbolica. O suicidio dele é um tiro nos eus inferiores e idealizado. Imediatamente, as criaçoes imperfeitas sao consumidas pelo fogo purificador da consciência cristica. O eu inferior assume a face do proprio Kevin e cria asas num simbolo do seu Self luminoso, que assume o comando de sua vida.

Ele se reconecta com seu Eu Real e faz “a coisa certa”. Ouve sua consciência, abre mao da vaidade e renuncia à exigência descabida de seu eu idealizado de “nunca perder uma causa”conforme a lei divina ensinada por Jesus “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” (Mateus 16:24-26)

O jovem advogado abdica da posiçao de defensor do professor de matematica acusado de abusar sexualmente de uma adolescente. O erro primal onde as criaçoes imperfeitas tiveram origem é corrigido. Kevin é procurado por um jornalista que quer uma entrevista exclusiva com ele. Ele concorda e quando vai embora, o jornalista é - TCHARAMMMMMM! - seu eu inferior novamente, que repete a frase chave do filme: “Vaidade, definitivamente, meu pecado favorito.”

ADOROOOOOOOOO! PUTA SACADA! Nao importa o caminho que você decida seguir em sua vida, se vai casar ou nao, se vai ter filhos ou nao, se vai ter dinheiro ou nao, qual profissao ira exercer ou nao. Nao importa. Suas imagens irao vir à tona para que você as dissolva e se liberte das camadas de crenças errôneas e criaçoes imperfeitas.

Sera que Kevin vai conseguir se manter fiel ao Eu Real diante da sua imagem principal – a vaidade- que vai continuar aparecendo sob diferentes formas e desafios em sua vida até que ele tenha plena consciência de sua existência  e a dissolva? (palestras 38 a 41 sobre as Imagens)

"As tentaçoes do mal sao muito sutis. Cada verdade pode ser posta a serviço de uma distorçao. Eis porque é necessaria tanta vigilância. é também por isso que fazer a coisa certa nunca é por si mesmo uma garantia de que se é verdadeiro e se esta em harmonia com a lei universal. Nao existe formula que possa protege-lo do mal; somente a sinceridade de coraçao pode faze-lo. (Palestra 198) 

Como cantava Renato Russo, na fantastica letra de Será (eleita o melô do eu idealizado kkkkkkkkkkkk): “Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação? Serão noites inteiras. Talvez por medo da escuridão. Ficaremos acordados imaginando alguma solução pra que esse nosso egoísmo (vaidade, orgulho, obstinaçao, medo, preencha com o seu adjetivo predileto) não destrua nosso coração. Será só imaginação? Será que nada vai acontecer? Será que é tudo isso em vão? Será que vamos conseguir vencer?”

Esta meditaçao proposta pelo Guia na palestra 182 tem sido minha ferramenta de trabalho com o ego, o eu idealizado e inferior ha anos e vem funcionando muito bem. Recomendo: Pregue no espelho e leia diariamente. "EU SOU mais forte que a minha destrutividade e nao sou tolhido por ela. Eu determino que a minha vida é a melhor e mais plena possivel e eu eu posso, e por isso, eu supero os bloqueios que existem em mim e que me fazem querer permanecer infeliz (ou destrutivo, ou estagnado, ou ...)  Essa determinaçao traz para mim os poderes do meu Self luminoso que me fazem ser capaz de expermimentar bem-aventurança porque abandono o prazer dubio de ser negativo que agora reconheço plenamente."

Pra dar uma forcinha na dissolviçao das criaçoes imperfeitas do eu idealizado, vai aqui uma afirmaçao do “Livro de Ouro de Saint Germain” que tem sido vital neste momento da minha vida: 
“Vai-te impotente criaçao humana! Meu mundo esta repleto somente da Perfeiçao de minha Poderosa Presença EU SOU. Retiro de ti , aparência insensata, todo o poder de prejudicar ou perturbar. Eu ando na Luz da Divina Presença EU SOU, onde nao ha sombra e eu estou livre, para sempre livre. Eu nao aceito condiçoes de quem quer que seja nem de coisa alguma que me cerque a nao ser de Deus, do Bem e do meu EU SOU, sempre comandado por Deus.”

Para baixar as palestras do Pathwork, clique AQUI.

Glossario de termos:
1. Eu Real: nosso EU Superior (consciência cristica), o âmago da nossa natureza, a centelha divina,  considerado como nossa verdadeira identidade. Ja somos o Eu Real, porém, coberto de camadas de imperfeiçoes que fomos criando desde o processo denominado A Queda dos espiritos. Nos o chamamos de Real, em contraste com o eu superficial que vive na ilusao.
2. Eu inferior: Aquela nossa camada oculta do egocentrismo onde estao as nossas negatividades, todos os aspectos divinos que foram transformados no seu oposto com o processo da Queda.
3. Mascara ou eu idealizado: nossa construçao (consciente ou inconsciente) segundo a maneira pela qual queremos que os outros nos vejam e pela qual gostariamos de ser identificado. Como queremos impressionar as pessoas, receber admiraçao e aceitaçao, escondemos nossa negatividade (eu inferior) por detras dessa mascara. As qualidades e virtudes nao sao espontaneas, como no caso do Eu Real e, portanto, leva à alienaçao de si mesmo.
4. Eu superficial: Quando nao agimos a partir da nossa essência, ficamos na periferia de nos mesmos.
5. Imagens: Sao falsas conclusoes tirada em funçao de uma percepçao deturpada da realidade que ficam arraigadas na psique da personalidade e que passam a controlar seu comportamento. Por exemplo, a pessoa que tem a imagem cristalizada de que se for rico ou que se for uma pessoa de sucesso profissional recebera admiraçao, aceitaçao, aprovaçao, atençao (substitutos do AMOR REAL) fara tudo para ser rico ou ter sucesso profissional, até mesmo ser o advogado do diabo. :)))
6. Circulo Vicioso: é uma atitude negativa que nasce de uma imagem (uma crença erronea) e que nos separa da realidade. à medida que o circulo vicioso tem continuidade, nos afastamos cada vez mais do ato de corrigir o erro original.
7. Erro original: onde toda a loucura começou. :)))


Luz e paz!

Patricia Nascimento Delorme, em busca da dissolviçao da minha imagem principal e bem feliz de ter encontrado o Pathwork, cujas interpretaçoes das leis divinas me dão TODAS  as respostas que minha alma necessita para me sintonizar com o bem, o bom e o belo.