segunda-feira, junho 11, 2012

A SUSTENTAVEL LEVEZA DO SER

Brasilia-Brasil, 05 de junho de 2012. Outono. Céu escancaradamente azul como na cançao do Djavan. Temperaturas entre 25°C e 28°C. Dilicia!

A lua e o ipê se enamoraram...





Sentar ao lado de Marina Silva no Encontro foi um presente do Universo para festejar os meus 40 anos.
A mesa das quatro palestrantes com discurso costurado pela sincronicidade. Mesa 02 – “Desenhando Novos Modelos”

“Ecologia Profunda e Cultura de Paz” - Regina Fittipaldi -Arquiteta e Urbanista – DF.
 “Reencantando a Vida, os Ensinamentos das Comunidades e Povos tradicionais” - Maria Cácia Cortêz - Jornalista, Educadora Popular e Consultora para Comunicação e Metodologia de Processos Participativos – DF.

“A Sustentável Leveza do Ser - Patrícia Nascimento Delorme” – ONG Art In All of Us, França.

“Cultura e Sustentabilidade do Sujeito Contemporâneo” - Márcia Portela - Doutora em Psicologia – DF.


 (Este é um resumo da minha palestra no Encontro Latino Americano de Mulheres em Brasilia, evento que teve como objetivo produzir a Carta de Brasilia para a Rio+20, Conferência da ONU sobre a sustentabilidade no mundo.)

"Atribui-se a Martin Luther King uma frase de valor inquestionável: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Ao longo da história da humanidade, temos visto o orgulho, o medo e a obstinação vencerem. Afinal, o que leva os bons a se calarem diante da arrogância dos maus?

 “Bem aventurados aqueles que são brandos e pacíficos, porque eles possuirão a Terra” é um ensinamento bíblico poderoso, porém, quando mal compreendido pode levar ao silêncio diante de crueldades, do preconceito, da corrupção. Ao confundir brandura e pacifismo com a não-ação, corre-se o risco de se tornar submisso, apático e condescendente. É preciso termos claro que o amor real nos leva a encontrar interiormente uma força vigorosa que é capaz de confrontar com criatividade, e sem violência, o grito dos maus.

 Nas palavras do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, “A natureza humana é capaz de um mal infinito. Hoje, como nunca antes, é importante que os seres humanos não subestimem o perigo representado pelo mal que espreita dentro deles. Ele é, infelizmente, bastante real, e é por essa razão que a psicologia deve insistir na realidade do mal e deve rejeitar qualquer definição que o considere insignificante ou na verdade inexistente.” Jung escreveu isso quando os nazistas ascendiam ao poder na Alemanha...

 Na mesma época, a escritora judia austríaca, Eva Pierrakos, fundadora da Fundação Pathwork, fugiu para a Suíça para escapar do Nazismo. No livro “Não Temas o Mal”, ela nos oferece uma chave poderosa para esta caixa de pandora aberta pelo psiquiatra Carl Jung: “Quando o mal é compreendido como um fluxo de energia divina momentaneamente distorcido devido a ideias errôneas, a conceitos e imperfeições específicos, então, ele não é mais rejeitado na sua essência.”

 O que este “fluxo de energia divina momentaneamente distorcido” quer dizer? E o que isso tem a ver com a RIO+20, com a economia verde e com este encontro latino-americano de mulheres? Tudo. Quando temos crenças errôneas, agimos a partir de energias distorcidas que nos levam a cometer desde as pequenas injustiças do dia a dia como, por exemplo, a falta de respeito no trânsito, até as mais cruéis das ações. A partir daí tudo é possível, até mesmo o inimaginável, como a hidrelétrica de Belo Monte, o novo Código Florestal ou o modelo socioeconômico no qual a humanidade está imersa.

 Na filosofia chinesa existe o símbolo do Yin e Yang como a representação do princípio da dualidade. Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Reparem bem! O movimento e a mutação não surgem da eliminação de forças opostas, mas do seu equilíbrio. Essas forças são: Yang, diurno, luminoso, quente, céu, inconsciente, intelecto, deslocamento, movimento exterior, ação criativa ou, ainda, princípio da ativação. Yin: noturno, escuro, frio, terra, consciente, intuição, repouso, movimento interior, tranquilidade contemplativa ou o princípio da receptividade. Os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo. Mas como este princípio funciona na nossa vida?

 Segundo Eva Pierrakos, nos seres humanos existem três atributos ou fluxos de energia: O Amor, o Poder e a Serenidade. Na personalidade saudável, esses três princípios trabalham lado a lado, entrelaçados em perfeita harmonia. Dessa forma, uma pessoa emocionalmente saudável, consegue expressar amor, poder e serenidade sem conflitos. Contudo, na personalidade desequilibrada pelo orgulho, medo ou obstinação, esses três “fluxos estão momentaneamente distorcidos”, sendo expressos como os seus opostos complementares. Dessa forma, o amor torna-se submissão ou dependência. O poder, ou autoafirmação, torna-se agressividade. E a serenidade torna-se indiferença. A pessoa emocionalmente em conflito veste a máscara desses atributos para resolver as situações na sua vida gerando o caos. O noticiário está cheio de exemplos de pessoas que agem na distorção dos atributos divinos, ou seja, a submissão, a agressividade e a indiferença.

 Ao estudar sobre os mecanismos de defesa denominados “máscaras” é possível compreender porque muitos de nós temos grandes ideias e projetos para um mundo sustentável, mas na prática, continuamos desperdiçando água com banhos de uma hora, comprando mais e mais sapatos, que raramente serão usados, outro carro, outro iPOD, iPAD, e todos os “aiais” que não precisamos, apenas porque estão na moda ou porque são símbolos de status. Ou ainda pior: apoiamos políticos que criam leis ou votam em propostas que incentivam a insustentabilidade em suas incontáveis manifestações.

 O grande educador Paulo Freire teria dito: “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que num dado momento, a tua fala seja a tua prática.” E com esta frase de Paulo Freire eu entro no campo do que Eva Pierrakos denomina de o EU REAL e a AUTOIMAGEM IDEALIZADA. Para nos proteger da dor de ainda não sermos aquilo que gostaríamos de ser, criamos o eu idealizado, cheio de qualidades que gostaríamos de ter, mas que não queremos pagar o preço para tê-las, então, inventamos uma persona que achamos que somos e começamos um processo de autoengano e submisso à ditadura do Eu Idealizado. É a distância entre o que se diz e o que se faz aumentando. E é esse eu idealizado que está na raiz da “insustentável leveza do ser”, como brilhantemente escreveu o escritor tcheco Milan Kundera. 

Quem vive sob a ditadura do eu idealizado cai num círculo vicioso de raivas, vergonha, frustração, desprezo e ódio de si mesmo. Primeiro, pela negação do Eu Real, pela indignidade de não se expressar como em realidade se é. Em segundo lugar, porque é impossível viver de acordo com as imposições do Eu Idealizado. E então, criamos as máscaras do amor, do poder e da serenidade que dão luz a centenas de outras máscaras. A máscara do amor é aquela voz que choraminga assim: “Se ao menos eu pudesse ser amada e protegida, não seria frustrada, e tudo estaria bem. Então, estaria segura e a salvo.” A máscara do poder é aquela vozinha que martela: "Se ao menos eu pudesse me afirmar, afirmar o meu poder, a minha invulnerabilidade e a minha independência. Então, estaria segura e a salvo.” A máscara da serenidade é aquela vozinha que sussurra: “Se ao menos eu pudesse me manter distante, desapegada e afastada, não seria afetada pelos problemas e conflitos da vida. Então, estaria segura e a salvo”.

A máscara adora estereótipos porque é confortável. É na generalização que os contornos ficam menos nítidos e é mais fácil comprar gato por lebre. Quer ver um estereótipo que está muito na moda? “A mulher é acolhedora, sensível, amorosa, receptiva, intuitiva... Sua força vai transformar o mundo.”

Para refletir sobre esse clichê, peço licença para citar um trecho do artigo da jornalista Eliane Brum, publicado no site da revista Época, em setembro de 2011: “A mesma presidente que enalteceu as vantagens da liderança feminina na ONU não recebeu as mulheres do Xingu que, com grande esforço, viajaram até Brasília para levar a sua voz e as suas reivindicações. Em seu discurso histórico na ONU, Dilma Rousseff afirmou: “Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da vida política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje”. Vozes das mulheres do Xingu, cuja vida, cultura e futuro dos filhos estão ameaçados pela política para a Amazônia da “mãe do PAC”. Gostaria que a primeira mulher presidente botasse em prática no Brasil o que disse nos Estados Unidos: “Quem gera a vida não aceita a violência como meio de solução de conflitos”. Não por ser mulher, mas porque dignidade não depende de gênero. Reconheço o valor de Dilma Rousseff ser a primeira mulher na presidência do Brasil e a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas como líder de uma nação. Mas este fato só ganha densidade se o discurso abandonar os velhos chavões sobre o feminino – e a prática se afastar do autoritarismo no país que essa mulher governa. Na cultura colaborativa que está nascendo, quando as empresas e também os governos têm o desafio de se horizontalizar, valorizar os aspectos autoritários de uma liderança, seja ela um homem ou uma mulher, é manter o debate em marcha a ré”.

Neste inicio de milênio nós, mulheres, temos um desafio extraordinário: ocupar espaços sem reproduzir os padrões do principio masculino distorcido que perpetuam relações autoritárias e centralizadoras. Então, o que fazer para sermos mulheres empoderadas e receptivas, intuitivas, amorosas, mas também objetivas e independentes?

Além da distorção dos três atributos já citados, quero trazer para a nossa reflexão, a distorção dos principios feminino e masculino. Eva Pierrakos, nos livros “Criando União” e “Não Temas o Mal”, nos fornece pistas valiosas para compreender como funciona a força criativa no universo através dos princípios feminino e masculino.
Como ensina a filosofia chinesa: “Duas forças complementares compõem o que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação”. Segundo Eva Pierrakos, estas forças são a ativação, ou principio masculino, e a recepção, ou principio feminino. Ou, “o cálice e a espada”, como nos lembra a escritora Riane Eisler; ou, ainda, Yin e Yang, na filosofia chinesa. Porém, assim como Yin contém Yang, Yang contém Yin, tanto o homem quanto a mulher contém em si os princípios da ativação e da recepção.
 A ativação ou princípio masculino é esforço, empenho, conduta ativa, reivindicação, determinar ou usar deliberadamente as próprias forças ou as forças da natureza com uma determinada finalidade eliminando todos os obstáculos possíveis.
A recepção ou princípio feminino é a atitude de entrega. De espera paciente e confiante para permitir que um processo de amadurecimento chegue à plenitude; é a atitude de submeter-se a uma força posta em movimento pelo princípio ativo. A recepção também é movimento, mas é um movimento interior, enquanto que, a ativação é um movimento em direçao ao exterior. Esses dois princípios, ativação (masculino) e recepção (feminino), regulam todo tipo de criação no universo e se complementam; quer se crie uma empresa, um relacionamento entre duas pessoas, um modelo socioeconômico, o próprio destino ou todo um universo, tudo depende da compreensão e do uso harmônico desses dois princípios. Quando esses princípios criativos são distorcidos através do orgulho, medo ou obstinação, e usados de forma errônea, cria-se confusão, desarmonia, resultando, por exemplo, numa cultura de patriarcado, cujo modelo de sociedade é a dominação, a supremacia do homem sobre a mulher - e sobre todas as demais espécies vivas - ou a criação de um modelo socioeconômico insustentável, resultando numa crise sem precedentes na humanidade.
Assim, o homem pleno deve incorporar o princípio receptivo ou feminino. Caso ele expresse apenas o princípio masculino ele se torna uma caricatura de um homem: valentão, tirano, machista.
Da mesma forma, uma mulher deve desenvolver o princípio ativo ou masculino. Se ela expressar apenas o princípio receptivo ela será, então, uma caricatura de uma mulher: torna-se uma criança que se apoia nos outros, que nega a sua própria autonomia e se torna dependente do homem.
Esse perfeito equilíbrio não pode ocorrer a partir de uma decisão intelectual, mas somente por meio do ato interno de amor; através do ato interior de libertar o sexo oposto das amarras do ódio, da desconfiança e da culpa, ainda que estas amarras sejam inconscientes. A verdadeira comunhão do feminino e masculino não deve acontecer somente entre os sexos, mas internamente e individualmente, para que homens e mulheres, plenos e em união interna, possam vivenciar verdadeiramente a parceria criativa. E, finalmente, eu me considero otimista em relação ao futuro.
Como diz a sempre inspirada e inspiradora Marina Silva, ‎"a queixa é sempre estagnante. A mudança virá pela qualidade do nosso compromisso." Então, por amor ou pela dor vamos construir um mundo sustentável a partir da revolução interna que já está se processando de maneira cada vez mais acentuada na humanidade. Os exemplos práticos dessa construção existem aos milhares pelo mundo.

Nós não os encontraremos com facilidade na mídia, que ainda está muito poluída pelas correntes negativas e insiste em evidenciar a sombra no mundo. Mas podemos encontrá-los em outras fontes. Na internet, nos livros do jornalista André Trigueiro, Mundo Sustentável 1 e 2, e assim por diante...
Paulo Freire ensinava que: “Não basta saber ler que “Eva viu a uva”. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho. Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em comunhão.” E nós, mulheres e homens, que tendo consciência e ativando a energia feminina e masculina INTERNAMENTE E EXTERNAMENTE, podemos exercer um papel determinante nessa comunhão, na criação da sustentável leveza do SER e na sustentável leveza DE SER, em vez de ter.

Gosto muito da história em que uma garota estava desenhando e a professora perguntou o que era aquilo. E ela respondeu que era o rosto de Deus. A professora, que não ativou a sua energia receptiva, criativa, retrucou que ninguém conhece o rosto de Deus. E a garota respondeu: “- Vão conhecer num minuto”. 

Penso que seja isso que alguns de nós estamos fazendo agora, neste quadragésimo de segundo, diante de cinco bilhões de anos, desenhando o rosto de Deus com o lápis que traçará linhas que levem à capacitação de pessoas para fazerem escolhas sustentáveis; à economia sustentável e ao fortalecimento da governança institucional para o desenvolvimento sustentável. Estamos sonhando, planejando e dando à luz uma nova terra, que justos e pacíficos herdarão. Muito obrigada pela receptividade.

 Luz, paz, amor."

 * Patrícia Nascimento Delorme, 40, mãe do Luka, jornalista, bailarina, fotografa, terapeuta de Reiki e, acima de tudo, uma buscadora de si mesma na batalha entre o ser e o ter.


PS: Sobre o dia do evento, os astrologos escreveram:

"O encontro de VÊNUS com o SOL: 22:10 HS DE 05/06

 Anote este grau em qualquer mapa astrológico: 15º 45’ GÊMEOS. É onde acontece o encontro de VÊNUS (o amor/arte) com o SOL (a individualidade/identidade). Uma das cinco pontas da estrela do pentagrama de Vênus - mostrado no vídeo abaixo - acontecerá neste grau zodiacal no dia 05 de Junho. Até a próxima ponta dessa estrela ser estabelecida em Janeiro de 2014 em Capricórnio, o influxo do amor e da arte no mundo vai refletir a jovialidade, versatilidade, pluralidade e a consciência da dualidade geminiana definida em 2012 no grau zodiacal exatamente na metade do signo de Gêmeos. Entre as 5 pontas do pentagrama de Vênus, Gêmeos é a ponta da estrela do amor onde mora a fonte da juventude. A fonte da juventude vem da leveza, da curiosidade, da adaptabilidade que sustenta a amistosidade e a amabilidade, do discurso ritmado, harmônico, equilibrado, do dom da convivência espirituosa, vivaz e em constante evolução porque está permanentemente atualizada e antenada com as mais novas tendências e caminhos. O outro lado da moeda- ou o lado b - dessa energia geminiana expressa por Vênus é a indecisão diante de tantas encruzilhadas que norteiam a cultura afetiva da humanidade desde sempre. A Vênus em Gêmeos talvez seja a que mais no fundo sente que a lei da atração amorosa não é respeitada nas culturas monogâmicas. Ela sabe que isso não segue o instinto natural do ser humano. Por isso ela sabe no fundo que a instituição do casamento criou simultaneamente a instituição da prostituição. Não é só o fato de atrás do altar matrimonial da igreja de uma cidade do interior sempre existir um prostíbulo. É mais ainda a prostituição interna, dentro do próprio casamento, quando o instinto natural é engessado e aprisionado por patrimônio, filhos e status. E os efeitos colaterais se manifestam como aparências falsas, mentiras, culpas, sofrimento, fixação e vício perseguindo e torturando os românticos condenados. E a Vênus em Gêmeos tem em si o arquétipo da tentação: o encanto da vedete, a sedução do beija-flor de flor em flor, feito a vizinha sorridente de saia esvoaçante que quando passa deixa acanhado o sério professor, enlouquece o adolescente e faz o cafetão vislumbrar o lucro. A Vênus em Gêmeos atiça a propaganda, a publicidade e o comércio do amor e da sedução, lota os salões de beleza e as prateleiras de bijuterias baratas ou de diamantes para quem pode. Porque a Vênus em Gêmeos tem de estar na moda, seja alta ou baixa costura, seja brega ou chique, ela quer estar atraente e atual. Quanto tempo folheando revistas de moda, de fofocas amorosas, de folhetins de TV, de romances de entretenimento e, nos dias de hoje, de redes sociais e sites de encontros bombando, bombando, bombando...e como o mau gosto e a baixaria reinam nessa cultura de massa, coitada da Vênus em Gêmeos transformada em arte genérica, repetitiva e descartável. Gêmeos é o signo do espírito da adolescência e da juventude e essa Vênus não quer envelhecer nuunncaa! E aí está o precipício da Vênus em Gêmeos: a propensão de procurar a beleza nos outros e no mundo exterior e a dificuldade de achá-la dentro de si mesma.
 Namastê, Rasiko Swami"

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