Em Veneza, com minha irmã. Inesquecivel!
Zurique, 11.05. 2001 Primavera. SOL! Calorzinho! Céu azul, azul... n.11
Felicidade, no meu humilde parpite, é perceber as pequenas coisas do dia-a-dia e ser capaz de desfrutá-las, não importa se for tomar um tereré no Rio da Prata, no Pantanal (né Ton?) ou champagne na Praça San Marco, em Veneza (né Erika?). Para mim, não é a ação em si mesma o mais importante mas, como a percebemos e sentimos. Já estive mais conectada à vida em Vicentina, uma pequena vila no Mato Grosso do Sul, do que em Lugano, no sul da Suíça.
Hoje, felicidade é perceber os olhos das pessoas e o que eles me dizem. É poder colocar a palma da mão sobre o peito do outro e sentir o pulsar da vida alí - na palma da sua mão! É poder dizer „eu te amo“ sem medo do futuro.
Felicidade é ouvir Vivaldi e pensar „estou viva“ e que o amor vai se expressar a qualquer momento na sua vida; elevar o coração com a voz do Bocelli e cantar bem alto com o Lulu „eu quero crer no amor numa boa“.
Felicidade é se assumir com todos os desejos, luzes e sombras e se perdoar. É chorar de arrependimento por todas as besteiras que cometeu mas, aprender com elas.
Felicidade é conseguir ver a mãe e o pai com todas as suas luzes e sombras e os perdoar, porque eles também estão aprendendo.
Felicidade é poder confiar em você mesma, saber que está sozinha e que isso não dói mais.
Felicidade é abrir o hotmail e ver a caixa abarrotada. E receber um e-mail de um amigo que não vê há tempos mas que nunca deixou um espaço vazio (né Marcelo?).
Felicidade é perceber os seus medos e o do outro e conseguir sobreviver a tudo isso.
Felicidade é ter coragem de partir quando é necessário.
Felicidade é ter para onde e para quem voltar.
Felicidade é poder chorar de emoção e saudade enquanto escreve para os amigos.
TOSTINES - Sou desgarrada porque não tenho raízes ou não tenho raízes porque sou desgarrada?
Felicidade, no meu humilde parpite, é perceber as pequenas coisas do dia-a-dia e ser capaz de desfrutá-las, não importa se for tomar um tereré no Rio da Prata, no Pantanal (né Ton?) ou champagne na Praça San Marco, em Veneza (né Erika?). Para mim, não é a ação em si mesma o mais importante mas, como a percebemos e sentimos. Já estive mais conectada à vida em Vicentina, uma pequena vila no Mato Grosso do Sul, do que em Lugano, no sul da Suíça.
Hoje, felicidade é perceber os olhos das pessoas e o que eles me dizem. É poder colocar a palma da mão sobre o peito do outro e sentir o pulsar da vida alí - na palma da sua mão! É poder dizer „eu te amo“ sem medo do futuro.
Felicidade é ouvir Vivaldi e pensar „estou viva“ e que o amor vai se expressar a qualquer momento na sua vida; elevar o coração com a voz do Bocelli e cantar bem alto com o Lulu „eu quero crer no amor numa boa“.
Felicidade é se assumir com todos os desejos, luzes e sombras e se perdoar. É chorar de arrependimento por todas as besteiras que cometeu mas, aprender com elas.
Felicidade é conseguir ver a mãe e o pai com todas as suas luzes e sombras e os perdoar, porque eles também estão aprendendo.
Felicidade é poder confiar em você mesma, saber que está sozinha e que isso não dói mais.
Felicidade é abrir o hotmail e ver a caixa abarrotada. E receber um e-mail de um amigo que não vê há tempos mas que nunca deixou um espaço vazio (né Marcelo?).
Felicidade é perceber os seus medos e o do outro e conseguir sobreviver a tudo isso.
Felicidade é ter coragem de partir quando é necessário.
Felicidade é ter para onde e para quem voltar.
Felicidade é poder chorar de emoção e saudade enquanto escreve para os amigos.
TOSTINES - Sou desgarrada porque não tenho raízes ou não tenho raízes porque sou desgarrada?
TERRA À VISTA - Dicas úteis e inúteis para quem está de malas prontas.
O veneno, digo, conselho está aprovado. Veneza foi „A VIAGEM!“
>Conseguirei fazer tudo que está planejado?
Como saímos de Zurique com hotel reservado e roteiro previamente lido e traçado, o tempo foi super bem aproveitado! Quatro dias pareceram uma semana!
>Conseguirei me divertir (parece que vai chover...)?
O tempo estava espetacular! Céu azul com direito a belíssimo pôr-do-sol no Canal Grande e violinos ao fundo! hahahaha. Que viagem!!!!!!!
>Conseguirei ter coragem de pagar um drinque no famoso (e caríssimo) Harry’s Bar?
Não, não tive. Além de caro, o melhor da festa está fora do Harry’s. O bar é badalado, gente famosa esteve e está lá. Restaurante onde o carpaccio, carne cortada em fatias, servido (normalmente) com rúcola, foi inventado e onde foi criado o drinque "Bellini ", um dos mais famosos do mundo. Quem não quer degustar tudo isso no restaurante que Ernest Hemingway tanto amava? Eu e minha irmã! hahahaha.
Conta a lenda que Hemingway ambientou lá parte da ação do livro Além do Rio e Através das Árvores. E cita o bar em um breve conto que escreveu para os netos. Em O Bom Leão, fala de um leão alado que volta da África para encontrar seu pai, justamente o felino com asas que habita uma coluna da Praça São Marcos e é o símbolo da cidade. Juntos, leão e leãozinho vão fazer uma visita ao velho Cipriani, no Harry´s
Pois isso tem preço - e alto : US$ 80 por dois bellinis e um carpaccio acompanhado por pequena salada verde e singela cesta de pães. Vale a pena? Depende. Nas atuais conjunturas, não. Quem foi diz que o bellini é o drinque dos deuses, os pães perfeitos, a salada crocante e muito bem temperada e o carpaccio é mesmo o melhor do mundo e que no terrível preço já estão embutidos, vista linda, ótimo serviço, pessoas misteriosas e a sensação de estar sentada num dos bares mais famosos do mundo, desfrutando de um momento especial e relaxante. Eu não senti isso não. Senti os garçons atendendo as donas cobertas de jóias que entravam lá para jantar. A turma com guia de turismo e à procura de um „drinquezinho baratinho só pra contar que foi ao Harri’s“ tinha que esperar uma vaga no bar ou tomar o drinque de pé, alí mesmo perto da porta, porque o lugar é minúsculo. Deixamos o bar imediatamente! A propósito, os nomes carpaccio e bellini foram dados em homenagem a dois célebres pintores venezianos, Vittorio Carpaccio e Giovanni Bellini.
Andamos um quarteirão e despencamos na Praça San Marco. Violinos ao fundo, pôr-do-sol, pombos, muitos pombos e gente branca, negra e amarela de todas as partes do mundo. De calça jeans a vestidos de noite, a praça San Marco é o programa mais democrático que existe naquela cidade.
O Bar Quadri, fundado em 1720, teve lorde Byron, Goethe, madame de Stäel - uma respeitável densidade de QI literário por metro quadrado - como fregueses. Consta que Thomas Mann adorava o Florian, o bar em frente ao Quadri. E, de fato, o ambiente parece propício para esse alemão melancólico, filho de brasileira, que escreveu uma novela inesquecível sobre a cidade que amava, "Morte em Veneza". Não é preciso conhecer o livro, ou o filme que Visconti tirou dele, para adivinhar que o enredo não é dos mais amenos. Isso não quer dizer que o Florian ou o Quadri tenham nascido sob o signo de Saturno, irremediavelmente depressivos. Muito pelo contrário, pela metade do preço dos dois bellinis com carpaccio no Harri’s Bar, tomamos champagne sentadas às mesinhas com toalhas impecavelmente brancas do lado de fora do Bar Quadri (com vista para a Basílica, noite estrelada e o Andrea tocando Vivaldi e Insensatez no violino) até voltarmos para o hotel embriagadas, felizes e cantando pelas ruas de Veneza, ouvindo a cada três minutos „Ciao Bellas“.
AH! Veneza é para gente voltar a acreditar que o amor existe!
E A MÚSICA DA VEZ - Vivaldi, Vivaldi e Vivaldi.
Questo è tutto per adesso.
Molti bacci per voi.
O veneno, digo, conselho está aprovado. Veneza foi „A VIAGEM!“
>Conseguirei fazer tudo que está planejado?
Como saímos de Zurique com hotel reservado e roteiro previamente lido e traçado, o tempo foi super bem aproveitado! Quatro dias pareceram uma semana!
>Conseguirei me divertir (parece que vai chover...)?
O tempo estava espetacular! Céu azul com direito a belíssimo pôr-do-sol no Canal Grande e violinos ao fundo! hahahaha. Que viagem!!!!!!!
>Conseguirei ter coragem de pagar um drinque no famoso (e caríssimo) Harry’s Bar?
Não, não tive. Além de caro, o melhor da festa está fora do Harry’s. O bar é badalado, gente famosa esteve e está lá. Restaurante onde o carpaccio, carne cortada em fatias, servido (normalmente) com rúcola, foi inventado e onde foi criado o drinque "Bellini ", um dos mais famosos do mundo. Quem não quer degustar tudo isso no restaurante que Ernest Hemingway tanto amava? Eu e minha irmã! hahahaha.
Conta a lenda que Hemingway ambientou lá parte da ação do livro Além do Rio e Através das Árvores. E cita o bar em um breve conto que escreveu para os netos. Em O Bom Leão, fala de um leão alado que volta da África para encontrar seu pai, justamente o felino com asas que habita uma coluna da Praça São Marcos e é o símbolo da cidade. Juntos, leão e leãozinho vão fazer uma visita ao velho Cipriani, no Harry´s
Pois isso tem preço - e alto : US$ 80 por dois bellinis e um carpaccio acompanhado por pequena salada verde e singela cesta de pães. Vale a pena? Depende. Nas atuais conjunturas, não. Quem foi diz que o bellini é o drinque dos deuses, os pães perfeitos, a salada crocante e muito bem temperada e o carpaccio é mesmo o melhor do mundo e que no terrível preço já estão embutidos, vista linda, ótimo serviço, pessoas misteriosas e a sensação de estar sentada num dos bares mais famosos do mundo, desfrutando de um momento especial e relaxante. Eu não senti isso não. Senti os garçons atendendo as donas cobertas de jóias que entravam lá para jantar. A turma com guia de turismo e à procura de um „drinquezinho baratinho só pra contar que foi ao Harri’s“ tinha que esperar uma vaga no bar ou tomar o drinque de pé, alí mesmo perto da porta, porque o lugar é minúsculo. Deixamos o bar imediatamente! A propósito, os nomes carpaccio e bellini foram dados em homenagem a dois célebres pintores venezianos, Vittorio Carpaccio e Giovanni Bellini.
Andamos um quarteirão e despencamos na Praça San Marco. Violinos ao fundo, pôr-do-sol, pombos, muitos pombos e gente branca, negra e amarela de todas as partes do mundo. De calça jeans a vestidos de noite, a praça San Marco é o programa mais democrático que existe naquela cidade.
O Bar Quadri, fundado em 1720, teve lorde Byron, Goethe, madame de Stäel - uma respeitável densidade de QI literário por metro quadrado - como fregueses. Consta que Thomas Mann adorava o Florian, o bar em frente ao Quadri. E, de fato, o ambiente parece propício para esse alemão melancólico, filho de brasileira, que escreveu uma novela inesquecível sobre a cidade que amava, "Morte em Veneza". Não é preciso conhecer o livro, ou o filme que Visconti tirou dele, para adivinhar que o enredo não é dos mais amenos. Isso não quer dizer que o Florian ou o Quadri tenham nascido sob o signo de Saturno, irremediavelmente depressivos. Muito pelo contrário, pela metade do preço dos dois bellinis com carpaccio no Harri’s Bar, tomamos champagne sentadas às mesinhas com toalhas impecavelmente brancas do lado de fora do Bar Quadri (com vista para a Basílica, noite estrelada e o Andrea tocando Vivaldi e Insensatez no violino) até voltarmos para o hotel embriagadas, felizes e cantando pelas ruas de Veneza, ouvindo a cada três minutos „Ciao Bellas“.
AH! Veneza é para gente voltar a acreditar que o amor existe!
E A MÚSICA DA VEZ - Vivaldi, Vivaldi e Vivaldi.
Questo è tutto per adesso.
Molti bacci per voi.
* Patricia Nascimento Delorme, 36, jornalista e mãe do Luka, com saudades da leveza e poesia de Veneza. Seu e-mail: patienascimento@hotmail.com
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ResponderExcluir.. assisti 'morte em veneza' pensando em como você estaria a aproveitar aquele
ResponderExcluircenário, com um enredo bem mais ameno, com certeza.
linda, sensível e evoluída como você é, não há como EVITAR o amor... é claro que
ele existe !
mas o meu lema (paraná-bahia-mato grosso do sul-rio grande do sul-distrito
federal-pará-...) é a frase do mário quintana, dita quando ele estava para ser
despejado do hotel onde morava havia décadas, e nào parecia preocupado com não
ter para onde ir:
- eu moro dentro de mim...
não escrevi antes porque já sabia que você teria pouco tempo e muitos afazeres.
mas deixe-me ajudar a abarrotar sua caixa postal...
responda se quiser, quando puder e como achar que deve.
[ mas um dia quero poder conversar com você sobre sua 'espiritualização'. ]
beijos, beijos.
Angelo
Dopo un giorno cosi
ResponderExcluircome è dolce la sera stare qui con te.
(Bocelli)
Son las cosas de la vitta!
(Ramazzotti)
Veneza... falar o que mais de Veneza, se voce ja disse tudo? Este parpite chegou no momento certo.
Oh amore mio! que falta voce me faz. Mas feliz estou por ter voce mesmo longe, vendo e sabendo o quanto voce é preciosa, como irma, jornalista, esposa e mae. Quanto sou feliz de fazer parte da sua vida.
Carinho,
sua "ermã"
Erika Nascimento
Dear Patie
ResponderExcluirI have an evening free! Hooray! I can put some music on my CD and catch up on some emails. First, to you.
Well now, how can I respond to your quest for political and spiritual enlightenment? Mmmm. Not by responding to the detail that's for sure. This kind of stuff changes and disappears the moment you write it, and responses even the next day are often already too late. In writing you move on. If you want a detailed comment on Greek philosophy, being accepted in the morning without makeup, the history of Chinese imperialism and the relationship between Christianity and paganism it will have to wait until another day.
Instead here's some thoughts of my own, to be used in whatever way is useful:
Working and living overseas
Escape or discovery? It seemed important at the time, less so now. Everything is both.
Completing a circle
You always return to where you start from. But of couse you have changed, and so has what you left, and so has your relationship with what you left. So you return to a different physical, emotional and psychological space. After you return you can feel that you are moving backwards, but you need time to integrate your experiences before you can move on again. When is it time to go back? When you can't remember why you left.
Sensitive men
soon learn that they are unattractive to most women. They see exciting bastards succeeding where they fail. Sensitive men hear intelligent, independent women talking about their boyfriend problems and are amazed. A woman cannot change a man - it's just not a challenge worth undertaking, unless as food for building feminine solidarity. It's rare for sensitivity in a man to be combined with prescence and charisma and energy, and it is this energy that women are attracted to. For the sensitive man, the only successful strategy is to play 'lost' and in need of mothering.
In some ways these issues change as the woman and man grow older and approach motherhood/fatherhood. Security and companionship become more important. But the pressures of childcare are very tough. Sensitivity on the part of the man will help. But so will prescence and charisma and energy. They are needed to build and protect the family.
Spirituality
I have a sense of wonder and of the infinite, but no sense of a divine force. I am forever struck by the contradictions: repent and God will forgive you, embrace him and your sins will be forgiven, but live a good life without believing and you will probably go downstairs when you die. Why? If the Holy Spirit acts here and here, then why not there? The divine force is revealed to different cultures and religions with so much difference in the detail. Why? Culture and history cannot explain this.
The thought of our own death is difficult to bear. The idea that life has no point is difficult to bear. The idea that we will never again meet our beloved, dead relatives and friends is difficult to bear. The idea that there are no moral absolutes is difficult to bear. And the impulse to make these things bearable is religion. It has created great art, great writing, given a sense of purpose to individuals and cultures. If God or Gaia or Father Christmas wants to reveal him/herself to me I am ready and waiting. In the meantime I feel the evening chill as well as the warm midday sun. When it's time to sleep my last sleep I'll close my eyes and not wake up again. Between now and then I want to give my life a point, make the most of friends and relatives, create my own morality.
Politics
The left believes that everyone is the same and celebrates that. But everyone only really knows themselves. So the left thinks that everyone is like themselves. When they discover this is not true it can lead to intolerance.
The right believes that everyone is different and celebrates that. When they are reminded of the common bonds of humanity it disturbs their sense of individuality and can lead to a desire to turn away from things that remind them of mutual human respect. This can lead to exploitation.
All political actions have unintended consequences, indeed the consequences are often the reverse of what was intended. Unintended consequences are God's way of showing you that life is more complicated than you (or he or she) ever imagined. They also show you how what matters in life is very, very simple.
Bye Bye
That's all. Time for bed. Bye bye.
Paul Emmerson
Simone Caldas:
ResponderExcluirInspirado e inspirador o Toró de Parpite nº 12. Vou reler com mais para depois fazer algumas observações. Quanto ao seu pequeno questionário, vamos lá...
1. Que tipo de felicidade você busca?
A que não estressa. A que não é vendida no supermercado e não depende de saldo bancário. A que sela um beijo de amor ou um abraço amigo. A que me faz escalar montanhas e depois sentir cada arranhão como um marco definitivo da minha ligação com a natureza. Busco a felicidade do dia-a-dia. Do almoço com minha filha e da caminhada matinal com minha cadela. Do bom texto que por ventura nasce e das palavras que venturosamente posso trocar com as pessoas que amo, mesmo quando falamos de problemas. Porque ter com quem falar de nossos problemas, já é uma felicidade. Busco a felicidade pequena, das coisas mais simples e verdadeiras, que nasce de saborear a fruta da estação, suculenta e doce; do bom livro. E até mesmo a felicidade que brota quando olho prá mim mesma e posso dizer: guerreira! sobreviveu a mais uma batalha. Vamos lá que a roda continua girando. Nada de árvores com cadáveres, nem brincando. Prefiro que sejam fuzilados e enterrados o mais rápido possível.
2. Sua felicidade está mais para se abrigar do frio ou para curtir o sorvete?
Prefiro curtir o sorvete. Apesar de já ter corrido muito para me abrigar do frio e garantir que minha filha não fique ao deus-dará. Isso me faz lembrar o Borges. Em uma de suas crônicas mais conhecidas ele diz que se pudesse voltar no tempo tomaria mais sorvete, andaria descalço e não se preocuparia tanto em carregar remédios. Se não me falha a memória, é mais ou menos isso o que ele diz. Se a memória falha, deixa tudo por conta de um ato falho, porque é mais ou menos isso que eu almejo: muito sorvete, de sabores variados. E quando for preciso, um cobertor, porque ninguém é de ferro.
3. Felicidade é não ter desejos, é saciá-los, é domá-los, é o quê?
É aceitá-los. Sempre que possível, saciá-los. Jamais negá-los, senão vira neurose. Felicidade é o aqui e o agora. É curtir um som em um volume tão baixo, que a minha respiração se confunde com os acordes. Ou colocar o som na maior altura e sair dançando sem coreografia programada, livre. Se posso saciar meus desejos, faço isso sem culpa, curtindo o que me é dado. Se eles estão além da minha capacidade de conquista, amém. Quem sabe um outro momento, mais propício.
Beijo,
Simone Caldas
Uau! Adorei tanto o Toró que até joguei meu guarda-chuva fora.
ResponderExcluirFelicidade, amor, igualdade, liberdade...conceitos tão bonitos quanto abstratos. Invisíveis. Propósito! Talvez...propósito. Propósito de servir, de ajudar, de matar, de prejudicar. Talvez a felicidade esteja intrinsecamente ligada aos seus propósitos e a possibilidade de realizá-los. Metas e planos. Nada muito fácil, que perca a graça e nada utopicamente realizável, que dê a impresão que o mundo não valha a pena.
Ser útil a uma causa. Que causa? Salvar as baleias, ir ao céu, ver o time campeão, orgia, dinheiro, família..... De qualquer forma o ciclo é o mesmo. Nasce, consome e morre. Resta a escolha de viver como um grilho, que come e caga ou como um mamífero, que caga e come.
A VEJA não vale a pena, quanto mais uma galinha inteira!!
Ton
Minha linda, querida e competentíssima amiga...ainda não tinha tido a oportunidade de dizer o quanto gosto deste Toró...então já estou dizendo...
ResponderExcluirComo vai vc aí nessa "lonjura"?
respondendo a sua pergunta sobra a felicidade, estou mais para o sorvete, mesmo que ele me dê uma puta diarréia depois...rsrsrsrsr...
hahahahaha.
>o importante, para mim, nessa vida são os momentos, principalmente ao lado de pessoas que não têm medo de serem felizes...de rir das coisas mais bobas sem o menor pudor e aproveitar cada minutinho para um delicioso beijo na boca...( UAU ! Tem coisa melhor?)... Acho que vc me pegou em um dia de inspiração para a paixão...uiuiui... Como já cantava a Elis: "...e quando escuto o som alegre do teu riso que me dá tanta alegria, me deixas louca..." (estou cantando essa música há uns três dias...e cada vez gosto mais de cantá-la...estarei apaixonada?) Entã
o minha amiga...é isso...a felicidade para mim são aqueles momentos em que nada mais importa...só as sensações boas que carregamos...se carregarmos boas sensações por algum tempo, todos os dias, e não nos deixarmos abater pelas dificuladades e pelo mau humor alheio, então acho que seremos felizes...(eu ando assim ultimamente...e me sinto bem felizinha...) Um grande beijo Hilma
>Como brasileira no exterior já mudei de calçada de vergonha de outros brasileiros. Ainda no início dos anos 70, viajando de carona para o Peru, me deparei num bar com um grupo de brasileiros que faziam barulho e se comnportavam como se estivessem na casa deles. Fiquei tão envergonhada que me deu vontade de me transformar numa índia Quechua. Bueno, confesso que isto eu vivi!!!!
ResponderExcluir>Quanto ao Livro Cabalista é excelente. Adorei também.
>Concordo com o Boff e quanto a felicidade; bom, ser feliz é umdesafio. Talvez mais do que ser feliz é viver em paz. Em estado de tranquilidade da alma. Ninguém é feliz o tempo todo. O que é fundamental, na minha opinião, é a tranquilidade do espírito. É não dever nada a ninguém. É a liberdade interior, a liberdade de ser e saber respeitar os que não são, por opção ou não.
Um super beijo e obrigada pelo texto. Iara
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ResponderExcluir>Patie! Amei seu último toró de parpite. Eles são muito esperados e sempre bem recebidos por mim. Se não mando a resposta, é porque estou atarefada com minhas ocupações intelectuais...
ResponderExcluir>Tenho enviado alguns para minha tia Nice, que mora na Holanda. Ela casou-se com um holandês e mora lá há oito anos. Fica sempre encantada com suas idéias e vive me perguntando quem é essa amiga Patrícia que ela gostaria tanto de conhecer!
>Aqui na pós, a gente estuda muito Paulo Freite (tem um prof. francês que é construtivista), a comunicação e educação, etc.
>Sinto-me no céu. Aqui posso me expressar e ser como sou, ninguém acha estranho. Consigo brilhar no meio desse povo. Eles só me acham diferente, e isso já é uma vantagem (apesar de me trazer alguns inconvenientes de vez em quando)...
>Trouxe pra cá o Tereré. Todo mundo bebe. Uns acham esquisito o gosto, outros adoram. O fato é que já sou conhecida como a menina dos jacarés, a pantaneira, a do tereré (alguns falam teretetê).
>Verdadeiramente, posso dizer que encontrei ou estou encontrando meu caminho!!! Bom, não estou aqui pra falar de mim. Gostaria também de me manifestar a respeito das questões que vc colocou no toró. Eu sinceramente acredito que existe mesmo uma libertação emocional. E sabe por que? Porque eu a alcancei e a vivo todos os dias! Até me emociono de falar sobre isso.
>Depois de minhas experiências dolorosas com depressão, sindrome do pânico, transtorno bipolar e todo tipo de doença do espírito, que me proporcionaram um outro estado físico na terra (às vezes tenho a impressão que minha cabeça-mente está mais fluída, menos material do que antes da doença;
>sinto que, apesar de estar mais gorda, com mais peso, ando quase que sem tocar o chão; meus movimentos são mais leves, faço menos esforço para assimilar idéias, conhecimentos, trabalhos; uso menos a razão e mais a intuição; as coisas na minha vida fluem, dão certo, mesmo que eu não esteja enxergando a estrada, o sofrimento é menos doloroso, é possível sofrer sem sofrer, entende?
>Ou então a gente toma logo o caminho certo antes que seja necessário sofrer) Antes eu sofria muito tentando perdoar as pessoas, achando que através do esforço físico e mental isso seria possível. Não é. Mas posso afirmar que isso já é um caminho.
>Perdoar não é engolir sapo e esquecer. Mesmo porque é impossível esquecer algo de ruim que nos fizeram ou que achamos que nos fizeram. E engolir sapo faz mal à saúde (eu que o diga!) Perdoar é um estado de espírito.
>Muitas vezes a gente perdoou uma pessoa mesmo sem ter uma boa convivência com ela. E muitas vezes não se perdoou, mesmo que a convivência seja cordial.
>Para quem quer buscar a libertação emocional, uma dica: se não consegue perdoar alguém, por mais esforço que faça, peça a Deus para perdoar a pessoa pra você, porque Deus a todos perdoa. E se ele fizer isso em seu nome, vc tbem estará perdoando!!! Mas lembre-se: uma vez alcançada a libertação, deve-se alcançá-la sempre, todos os dias, toda hora, se não praticar ela embolora.
Karina
Tô pelejânu qü' esse diacho né di hoje!
ResponderExcluirCriei coragem e vim escrever sobre o que vejo nesse Toró...
Subjuntivos, Substantivos, Adjetivos,Encontros Consonantais, Dígrafos, Morfologia,Vozes Verbais, Pretérito mais que perfeito, Adjetivos indefinidos,Presente e Futuro juntos formando o simples em um período de oração onde generalidades propoêm verbos abundantes, classificando intensidades,frequências,lugar, tempo,afirmação, dúvidas,negação, modo, relativos,crescentes, decrescentes, artigos de um e de outros...Bom mémo cápranóis sô... Só se poderia vê por aqui, uai! Émezzz...Némêss?
Podi tá querêno tamém cunfirmá arguma coisa.
Nóoossinhora !...
Tô indo!
Já dei parpite pordmais!
Bjim!!
Luiz Alberto.